Riscos ocupacionais são aqueles aos quais os colaboradores estão expostos durante sua rotina de trabalho. Para que uma empresa tenha um ambiente de trabalho seguro é preciso que haja uma gestão de segurança interna voltada para a análise de riscos relacionados às atividades que são executadas em cada local.
Qualquer situação que apresente risco de dano à saúde do trabalhador é caracterizada como um risco ocupacional. Isso inclui desde acidentes com risco de morte e afastamento, até problemas ergonômicos, que passam desapercebidos em muitas empresas e para a maior parte dos colaboradores.
O Ministério da Economia, Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, por meio da Norma Regulamentadora 9 (NR-9), NR-12 e da Portaria no 25/1994, classifica os riscos ocupacionais em cinco tipos: físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e acidentais.
Além disso, existe uma classificação por cor para facilitar a elaboração do Mapa de Riscos ocupacionais e a adoção de medidas de prevenção de acidentes como, por exemplo, o uso de dispositivos de segurança como Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs).
No entanto, desde as mudanças nas normas regulamentadoras iniciadas no ano passado, dois novos conceitos foram incorporados à discussão de riscos ocupacionais. Com base na NR-1 (que apresenta as disposições gerais, o campo de aplicação e os termos e as definições comuns à legislação relacionada à Segurança e Saúde do Trabalho) e na Portaria SEPRT nº 915, de 30 de junho de 2019, esses conceitos especificam os requisitos para um sistema de gestão de Segurança e Saúde do Trabalho e fornecem orientações para seu uso e manutenção.
De acordo com o novo texto, uma atividade só poderia ser considerada como risco ocupacional se houver a combinação de dois fatores: probabilidade e gravidade das lesões. Entenda a seguir:
Risco relacionado ao trabalho ou risco ocupacional: é a probabilidade de ocorrência de eventos ou exposições perigosas a agentes nocivos relacionados ao trabalho e da gravidade das lesões e problemas de saúde que podem ser causados pelo evento ou exposição.
Perigo ou fator de risco: fonte com o potencial para causar lesão ou problemas de saúde.
A mudança da NR-1 é um sinal de que, em breve, a legislação brasileira irá se modernizar e flexibilizar os conceitos. Até porque os perigos existem em todos os lugares.
Saiba mais sobre como os riscos podem afetar a segurança do trabalhador!
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São agentes de risco físico: ruído, calor, frio, pressão, umidade, radiações ionizantes e não-ionizantes, vibração e quaisquer outras formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores. Para cada tipo de risco é indicada uma limitação permitida. No caso de ruídos, o máximo de decibéis por exemplo. Os limites para a exposição a esses fatores estão descritos, em sua maioria, na NR 15.
São substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo do trabalhador pela via respiratória como gases, poeiras, fumos ou vapores, além de outros que possam ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão. É o nível de toxicidade do agente químico que determina o período máximo que o colaborador pode ter exposição.
Entenda melhor sobre os riscos químicos!
São bactérias, vírus, fungos, protozoários e as medidas de prevenção variam de acordo com a patogenicidade ao qual o trabalhador está exposto em sua atividade.
Postura inadequada de trabalho, levantamento e transporte de peso, jornadas prolongadas de turno e quaisquer outras situações que exijam esforço físico demasiado ou que haja estresse físico. A avaliação desses riscos é feita por meio de um laudo ergonômico.
São situações perigosas que colocam o trabalhador em risco de acidente: iluminação ruim, operar máquinas e equipamentos sem proteção, estruturas de trabalho inadequadas (ferramentas descalibradas, armazenamento de materiais de forma incorreta) e situações como trabalho em altura, risco iminente de choque elétrico, incêndio, atmosferas explosivas e manuseio de máquinas pesadas.
No Mapa de Riscos Ocupacionais, cada tipo de risco está relacionado à uma cor. Trata-se da representação gráfica dos riscos à saúde e segurança do trabalhador em cada ambiente de trabalho. O objetivo é compartilhar a informação com toda a equipe a fim de que sejam estabelecidas políticas de prevenção de acidentes e riscos ocupacionais. Entenda:
Riscos físicos - verde
Riscos químicos - vermelho
Riscos biológicos - marrom
Riscos ergonômicos - amarelo
Risco de acidentes - azul
A prevenção de acidentes de trabalho deve ser prioridade em qualquer atividade ou setor da sua empresa. Por mais que se faça a prevenção, as condições de trabalho podem mudar ao longo dos anos ou em algumas situações diversas. Por isso, é sempre importante que todos os envolvidos em uma determinada atividade trabalhem para evitar acidentes.
Qualquer atividade produtiva tem em si um risco em potencial, mas que não necessariamente vá causar um acidente. Por isso, é importante que haja o domínio sobre todas as potenciais situações de acidentes existentes na empresa, para que sejam sanadas com rapidez. Assim, criar uma cultura de segurança na empresa é um bom negócio para todos.
Os benefícios que a segurança do trabalho pode trazer para qualquer empresa são inúmeros:
- Reduz custos com indenizações e afastamentos;
- Aumenta a produção por reduzir o tempo de interrupção do trabalho;
- Diminui o número de acidentes;
- Valoriza a empresa, pois ações de responsabilidade social garantem uma imagem positiva para os negócios.
Como implantar uma cultura de segurança eficaz? Há uma série de medidas que a sua empresa pode implantar para garantir a segurança do trabalho. Leia sobre o tema aqui!
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