Mapa de risco: o que é e como elaborar essa ferramenta
Neste artigo, vamos falar sobre o mapa de risco, ferramenta essencial para a gestão da segurança do trabalho. Desde sua definição até a aplicação prática, vamos abordar o que você precisa saber para compreender e elaborar a solução.
Continue a leitura e confira em detalhes:
- O que é e para que serve o mapa de risco?
- A importância do mapa de risco
- Tipos de mapa de risco
- Níveis de risco
- Como elaborar um mapa de risco?
- Quem pode elaborar o documento de risco?
- Entenda como a Tagout pode ajudar
O que é e para que serve um mapa de risco?
Um mapa de risco é uma ferramenta visual que identifica e representa os potenciais riscos presentes em um determinado ambiente de trabalho. Esses riscos podem incluir desde questões relacionadas à segurança física até riscos ergonômicos e riscos químicos.
Por meio de símbolos, cores e legendas, o mapa de risco oferece uma representação clara e acessível dos perigos presentes, facilitando a compreensão e a gestão dos mesmos.
Um exemplo prático do uso desse mapa pode ser observado em ambientes industriais, onde os trabalhadores estão expostos a uma variedade de riscos potenciais.
Em uma fábrica, por exemplo, pode haver manuseio de substâncias inflamáveis ou tóxicas. Um mapa de riscos, nesse contexto, identifica as áreas de armazenamento desses produtos, equipamentos de alta voltagem, pontos de alto tráfego de empilhadeiras e outras fontes de risco.
Com essa visualização clara, os gestores implementam medidas de controle adequadas, como sinalização, treinamento de segurança e uso de EPIs, para mitigar os perigos identificados.
Além disso, os benefícios do mapa vão além da simples identificação de perigos. Com uma abordagem proativa de segurança, as empresas demonstram seu compromisso com o bem-estar dos colaboradores, promovendo um ambiente de trabalho mais seguro e saudável.
Isso, por sua vez, pode resultar em aumento da produtividade e melhorias na imagem da empresa perante seus clientes e parceiros comerciais.
A importância do mapa de risco
Mas por que é tão importante elaborar e utilizar um mapa de risco? Em suma, essa ferramenta desempenha um papel fundamental na prevenção de acidentes e na promoção da saúde ocupacional.
Depois de identificar e avaliar os riscos existentes, as empresas podem adotar medidas preventivas e corretivas adequadas, reduzindo assim a ocorrência de incidentes e protegendo a integridade física e mental de seus colaboradores.
No entanto, vale ressaltar que a elaboração e utilização dessa ferramenta não são apenas recomendações, mas sim requisitos estabelecidos por normas regulamentadoras.
De acordo com as diretrizes da NR-5, é obrigatória a elaboração e implantação do mapa de risco em qualquer empresa que possa oferecer riscos aos seus trabalhadores ou visitantes.
Essa exigência visa garantir a segurança e a integridade de todas as pessoas que transitam ou realizam atividades dentro do ambiente laboral.
Além de cumprir com as obrigações legais, a elaboração do mapa traz uma série de benefícios às empresas. Ao identificar e avaliar os riscos presentes, as organizações podem implementar medidas adequadas, reduzindo assim a ocorrência de incidentes e protegendo a integridade de seus colaboradores.
- Leia também: Percepção de risco: o que é, importância e como desenvolver
Tipos de mapa de risco
Ao elaborar um mapa de risco, é essencial considerar a variedade de tipos de riscos ocupacionais que podem estar presentes no ambiente de trabalho:
1. Risco químico: Envolve a exposição a substâncias químicas nocivas, como produtos químicos industriais, gases tóxicos e vapores. Como, por exemplo, o risco de inalação de gases durante um processo de produção fabril;
2. Risco físico: Inclui os perigos relacionados a condições físicas do ambiente, como ruído excessivo, temperatura extrema, radiações ionizantes e não ionizantes, entre outros. Um exemplo comum é o risco de lesões por esforço repetitivo (LER) em profissionais que trabalham por muito tempo em computadores.
3. Risco biológico: Refere-se à exposição a agentes biológicos, como vírus, bactérias, fungos e parasitas, que podem causar doenças infecciosas. Em hospitais, por exemplo, os profissionais de saúde estão sujeitos ao risco de contaminação por patógenos presentes em fluidos corporais de pacientes.
4. Risco ergonômico: Relacionado às condições inadequadas de trabalho que podem levar a distúrbios corporais, fadiga e outros problemas de saúde. Um exemplo é o risco de lesões ergonômicas em trabalhadores que realizam atividades repetitivas em posições desconfortáveis, como operadores de linha de montagem.
Além desses tipos de riscos, é importante considerar também os riscos de acidentes, como quedas, choques elétricos e incêndios, que podem resultar em danos graves à saúde e à integridade física dos trabalhadores.
Níveis de risco
A partir dos tipos de riscos, a avaliação deles no mapa geralmente é acompanhada pela classificação em níveis de gravidade, que variam de leve a elevado. Essa classificação ajuda a priorizar a implementação de medidas de controle e mitigação de acidentes de trabalho.
As cores a seguir são padronizadas para indicar os diferentes níveis de risco:
- Risco leve: Representado pela cor verde, indica situações de baixa probabilidade de ocorrência de danos à saúde ou à integridade física;
- Risco médio: Sinalizado pela cor amarela, representa as condições com probabilidade moderada de causar danos à saúde ou à integridade física;
- Risco elevado: De cor vermelha no mapa de risco, indica circunstâncias de trabalho com alta probabilidade de causar danos graves à saúde ou à integridade física, exigindo ação imediata para controle e segurança;
Ao classificar os riscos de forma clara e objetiva, o mapa de risco facilita a identificação das áreas prioritárias de intervenção e contribui para a promoção de um ambiente de trabalho mais seguro e saudável.
- Leia também: Entenda o que é e como calcular o Número de Prioridade de Risco
Como elaborar um mapa de risco?
Elaborar um mapa de risco eficaz requer um processo cuidadoso e sistemático. Para isso, algumas etapas essenciais precisam ser seguidas:
- Identificação dos riscos: O primeiro passo é identificar todos os riscos potenciais presentes no ambiente de trabalho. Isso pode ser feito por meio de inspeções, entrevistas com os trabalhadores e análise de documentos, como registros de acidentes e relatórios de segurança;
- Avaliação dos riscos: Uma vez identificados, os riscos devem ser avaliados quanto à sua gravidade e probabilidade de ocorrência. Isso permite priorizar as áreas de intervenção e determinar as medidas de controle necessárias;
- Mapeamento dos riscos: Com base na identificação e avaliação dos riscos, é hora de representá-los visualmente no mapa. Este mapa deve ser claro e acessível, utilizando símbolos, cores e legendas para indicar os diferentes tipos e níveis de risco;
- Implementação de medidas de controle: Após a elaboração do mapa, é fundamental implementar medidas de controle para amenizar os perigos identificados. Isso inclui a instalação de barreiras de segurança, o fornecimento de EPIs adequados e a implementação de procedimentos operacionais seguros, por exemplo;
- Monitoramento e revisão: O mapa de risco não é um documento estático e deve ser revisado periodicamente. Além disso, é importante monitorar a eficácia das medidas de controle implementadas e fazer ajustes conforme necessário.
- Leia também: Qual a importância do gerenciamento de riscos na prevenção de acidentes
Quem pode elaborar o documento de risco?
A elaboração do mapa de risco é uma responsabilidade da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), sob a direção da SESMT (Segurança do Trabalho e Serviços Profissionais Médicos).
Essas equipes são responsáveis por promover a segurança no ambiente de trabalho e têm o conhecimento e a experiência necessários para realizar essa tarefa de forma eficaz.
No entanto, empresas que não possuem CIPA podem optar por contratar uma empresa especializada em saúde e segurança do trabalho para elaborar o documento.
Nesse caso, profissionais qualificados e experientes podem realizar uma avaliação abrangente dos riscos e desenvolver o mapa adequado às necessidades da empresa.
Um mapa elaborado por profissionais qualificados, garante às empresas a certeza de que estão cumprindo suas obrigações legais e promovendo um ambiente de trabalho seguro e saudável para seus colaboradores.
Entenda como a Tagout pode ajudar
A Tagout é uma empresa especializada em soluções de bloqueio e etiquetagem que oferece uma variedade de produtos e serviços para segurança no ambiente de trabalho. Cadeados de bloqueio, garras de bloqueio, placas de sinalização, etiquetas e outros dispositivos, todos 100% produzidos no Brasil e disponíveis à pronta entrega.
Além dos produtos de bloqueio e etiquetagem, a oferecemos serviços especializados para auxiliar na elaboração e implementação de um mapa de bloqueio eficaz.
Nossos engenheiros especializados fornecem treinamento, consultoria e auditoria para garantir mapas desenvolvidos de acordo com as melhores práticas de segurança e em conformidade com normas regulamentadoras.
Um dos destaques é o software Tagout Pro LoTo Gestão, ferramenta de gerenciamento de bloqueio em nuvem. Com o software Tagout, é possível gerenciar todo o processo de bloqueio, equipamentos e técnicos em tempo real e de qualquer lugar e dispositivo.
Isso simplifica a gestão da segurança, facilita o acompanhamento de indicadores e garante o cumprimento das normas regulamentadoras.
Com os produtos e serviços da Tagout, as empresas podem garantir um ambiente de trabalho mais seguro e saudável, prevenindo acidentes e protegendo a integridade de seus colaboradores.
Entre em contato com nossa equipe e saiba como podemos ajudar na elaboração do seu mapa de risco e na promoção da segurança no trabalho em sua organização.
*Imagem de capa: Stockking/Freepik