Impossível falar em segurança no trabalho sem destacar a CIPA, a Comissão Interna para a Prevenção de Acidentes. Para se ter uma ideia da importância, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), publicou em 1978, a NR-5 voltada exclusivamente para as orientações em relação à Comissão.
Continue a leitura para saber mais sobre essa entidade. Até o final do artigo, confira:
- O que é a CIPA e qual seu objetivo?
- Quais são as atribuições da CIPA?
- A Relevância de uma CIPA atuante
- Conclusão
A CIPA é uma comissão interna que tem como objetivo “a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador”.
A Comissão deve ser composta por representantes dos empregados e empregadores, por meio de eleição com voto secreto, e mandato de um ano, com possibilidade de reeleição. Entre os membros deverão ser eleitos: presidente, vice-presidente e secretário, além dos suplentes.
O número de membros da Comissão será sempre designado de acordo com a atividade econômica exercida e com o número de empregados da empresa.
A exigência é que a Comissão esteja presente em empresas com mais 20 funcionários, para determinadas atividades. Uma empresa que tenha como atividade principal a mineração, por exemplo, pode exigir um maior número de membros do que outra em que a atividade é a produção de papel.
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Esta importante Comissão tem diversas atividades, listadas na NR-5. Aqui, cito as principais. Confira:
Umas das principais funções da Comissão é a identificação dos riscos inerentes a atividade de trabalho da empresa.
A partir disso, deve ser elaborado o mapa de riscos, que enumera os riscos que o ambiente de trabalho possa apresentar para a equipe. Para compor o mapa, deve ser levado em consideração: o perfil dos trabalhadores, a jornada de trabalho, as atividades exercidas e as ferramentas e instrumentos utilizados para isso.
Outra importante atividade é a elaboração de medidas de proteção à acidentes e a solução de problemas. Além disso, os membros da CIPA devem participar da implementação e do controle das medidas e realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho visando a identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores.
Uma das ações mais reconhecidas da CIPA é a Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho, a SIPAT, que tem como objetivo conscientizar os trabalhadores sobre a importância da prevenção aos acidentes em todas as atividades que exercem. Para isso, diversas atividades são desenvolvidas durante a semana, como palestras, treinamentos, peças teatrais educativas, gincanas e outras ações que reforcem o tema.
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Empresas que contam com uma CIPA bem estruturada e ativa são capazes de criar um ambiente de trabalho mais seguro, melhorar a qualidade de vida dos colaboradores e reduzir custos relacionados a acidentes de trabalho e afastamentos por questões de saúde.
Isso reflete diretamente na produtividade e no bem-estar da equipe, além de fortalecer a imagem da empresa como uma organização comprometida com a segurança e saúde de seus funcionários.
A CIPA desempenha um papel essencial na promoção de um ambiente de trabalho seguro e saudável.
Com ações bem planejadas e uma estrutura ativa, ela ajuda a identificar riscos, implementar medidas preventivas e conscientizar os colaboradores sobre a importância da segurança no dia a dia.
Além de cumprir exigências legais, uma CIPA eficiente contribui para a redução de acidentes, melhora na qualidade de vida dos trabalhadores e otimização dos processos internos, refletindo diretamente no sucesso e na reputação da empresa. Por isso, investir em uma CIPA atuante é investir na segurança e bem-estar de todos.
Sobre o autor: João Marcio Tosmann é formado em Engenharia Elétrica, com ênfase em Eletrônica, pela PUC-RS, com pós-graduação em Administração Industrial pela USP e MBA em Marketing pela ESPM.
Possui experiência em projetos de manutenção industrial e logística em autopeças. Atuou como membro da diretoria do Complexo Industrial Automotivo General Motors (CIAG) e líder de projetos de novos veículos como Celta (General Motors) e EcoSport (Ford). Atualmente é diretor da Tagout, indústria de produtos de Bloqueio e Etiquetagem que oferece consultoria, treinamento e elaboração de procedimentos para implantação do Programa de Controle de Energias Perigosas (PCEP).
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