Existem diversas técnicas de manutenção industrial para prevenir falhas, garantir a segurança no trabalho e minimizar possíveis perdas na produção. Uma das mais conhecidas é a RCM (Reliability Centered Maintenance), também chamada de MCC (Manutenção Centrada em Confiabilidade).
Continue a leitura e confira as seguintes informações sobre o assunto:
- Como surgiu a RCM?
- O que é a RCM (Reliability Centered Maintenance)?
- A manutenção RCM na prática
- Benefícios da Manutenção Centrada em Confiabilidade
- Manutenção segura com bloqueio e etiquetagem Tagout
A RCM teve seu início em 1970, nos Estados Unidos, para atender a necessidade de certificação de uma nova linha de aeronaves Boeing 747. Na mesma década surgiram os primeiros conceitos, documentos e trabalhos científicos sobre essa técnica de manutenção.
Sua teoria envolve principalmente a confiabilidade das máquinas e de qualquer processo produtivo. A RCM tem o objetivo de fazer uma gestão estratégica dos ativos para aumentar a disponibilidade dos equipamentos, além de visar o melhor custo-benefício para as empresas.
Essa técnica de manutenção apresenta uma abordarem sistêmica que permite que as empresas realizem trabalhos de manutenção de forma simplificada e eficaz. Mas como isso acontece?
Segundo John Moubray, autor do livro “RCM II – Reliability Centered Maintenance?”, a manutenção é a segunda, senão a primeira despesa dos custos operacionais de uma indústria.
Então, o principal foco da RCM é reduzir ao máximo o LCC (Life Cicle Cost, ou seja, o Custo do Ciclo de Vida do Ativo), que é a soma de todos os custos do equipamento. Por exemplo, custo da produção, instalação, manuseio, manutenção, até mesmo desinstalação e descarte.
A partir da manutenção centrada em confiabilidade, é possível traçar estratégias de manutenção para cada um dos ativos que estão envolvidos no trabalho. Para isso, a RCM apresenta os seguintes princípios:
- Garantir a diminuição ou eliminação da ocorrência de falhas;
- Diminuir a severidade de uma falha;
- Realizar detecção de falhas em seu estágio inicial para não causar grandes perdas ou acidentes de trabalho.
A partir dessa técnica de manutenção, os gestores conseguem distinguir quais são as melhores estratégias para cada processo.
Por exemplo, uma manutenção corretiva pode ser feita em um equipamento que apresenta alto grau de criticidade, entretanto, não é a melhor opção. Para esses ativos, o recomendado é a manutenção preditiva, diminuindo os custos e aumentando a confiabilidade dos processos.
A RMC tem exatamente esse objetivo: traçar a melhor maneira de executar a manutenção, ou seja, fazer uma gestão de manutenção eficaz e segura.
- Leia também: Manutenção 4.0: entenda o que é e quais as suas principais vantagens
A aplicação da RCM na indústria é feita nas seguintes etapas:
1. Definição do sistema;
2. Análise das falhas funcionais;
3. Criação do diagrama de decisão para a seleção dos trabalhos que envolvem manutenção;
4. Elaboração do plano de manutenção de acordo com a RCM.
Segundo Moubray, para desenvolver a técnica de manutenção RCM é necessário responder certas perguntas sobre o processo produtivo da empresa. Confira a seguir:
- Quais são as funções e padrões de desempenho do ativo no seu contexto atual de operação?
- De que forma ele falha em cumprir sua função?
- O que causa cada falha funcional?
- O que acontece quando ocorre cada falha?
- De que modo cada falha importa?
- O que pode ser feito para predizer ou prevenir cada falha?
- O que deve ser feito se não for encontrada uma tarefa proativa apropriada?
A partir das respostas, identificação e análise de cada ativo da produção, é possível colocar o plano RCM em prática para otimizar e trazer mais confiabilidade para os processos industriais.
Para avaliar os resultados, os gestores podem utilizar os relatórios de diagnóstico de cada equipamento, além dos seguintes indicadores de eficiência:
- MTBF – Mean Time Between Failures (tempo médio entre falhas);
- MTTR – Mean Time To Repair (tempo médio de reparo);
- Confiabilidade horizontal.
Com profissionais qualificados e uma gestão de manutenção adequada, a manutenção RCM pode trazer diversos benefícios às empresas. Confira abaixo:
- Mais segurança para os colaboradores e diminuição dos acidentes de trabalho;
- Redução dos custos com manutenção;
- Mais eficiência dos processos;
- Aumento da vida útil dos equipamentos;
- Melhor gestão da produção;
- Mais qualidade na entrega dos produtos;
- Evita danos ambientais.
A RCM nos ajuda a garantir a eficiência, desempenho e segurança dos processos e trabalhadores, além de visar o melhor custo-benefício para as empresas, visto que tem como objetivo reduzir ao máximo o custo do ciclo de vida dos ativos.
Para uma manutenção segura, também é imprescindível que seja realizado o seccionamento e impedimento de reenergização de máquinas que estejam em manutenção.
Segundo a NR-12, o uso de dispositivos de bloqueio, cadeados e etiquetas de sinalização devem, obrigatoriamente, estar presentes em qualquer manutenção, impedindo que os trabalhadores sejam expostos aos riscos presentes.
- Leia também: Qual o papel da NR-12 para garantir a saúde e a integridade física da equipe?
Independente da técnica de manutenção aplicada em sua empresa, aqui na Tagout você encontra uma linha completa de dispositivos de bloqueio e etiquetagem para realizar travamentos adequados e manter os colaboradores seguros.
Além disso, contamos com consultorias e treinamentos baseados na norma OSHA (Occupational Safety and Health Administration - 29 CFR 1910.147 Control of Hazardous Energy Lockout) e outras Normas Regulamentadoras.
É importante frisar a necessidade de ter trabalhadores atualizados e aptos para realizar os procedimentos de bloqueio de acordo com as legislações vigentes. Uma boa manutenção começa com segurança em primeiro lugar.
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